Um pouco por nossa dispersão da mente e dos sentidos, e também um tanto pela fragmentação cada vez maior das pessoas e das coisas, cada vez mais nos sentimos fragmentados, confusos e dispersos em nosso ser. Com o aumento da comunicação também passamos a experimentar maior divisão e contradições, coisas cada vez mais divididas e aparentemente, insolúveis. Não que seja algo realmente novo, já tendo registros de sentimentos de fragmentação em várias épocas, de suas formas e contextos.
No tempo de Edith Stein, por exemplo, embora fosse bem menor o volume de informações, esta questão da fragmentação já existia, havendo um sentimento de se estar cada vez mais fragmentado e dividido. Ao se assim estar, há um sensação e percepção de incompletude, vazio e impotência. Este último, muito especialmente, pois uma vez que não se sabe sua integralidade, totalidade e caminho sentem-se desorientado, perdido e sem saber quais ações propriamente tomar.
Assim encontra-se numa encruzilhada perdida, sem se ter propriamente aquilo que se poderia alcançar e saber. Ocorre-se isto por se estar desequilibrado em sua integralidade, se ter mal entendido a própria integralidade e a maneira de se ser. Edith Stein, em cima disto, prioriza a questão da educação como base para a formação desta integralidade humana, fazendo com que estes se integrem em todas suas partes e se tornem essencialmente sua própria integralidade, seu próprio ser em sua expressão mais plena.
É então o ser humano integral esta plena junção de suas formas, isto é, corpo, espírito e mente. A união de tais partes forma um ser integral e completo que é a pessoa humana. Mesmo que cada indivíduo seja diferente há nele uma integralidade. Ao nela se estar, se experimenta plenamente o ser quem é, com todas suas características e meandros, dentro de sua integralidade. Com toda a fragmentação e difusão que há entre as pessoas, conhecer tal ponto torna-se fundamental para se saber e estruturar. Tal integralidade é fundamental para a plenitude e realização, sendo sempre algo que se deve buscar.
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a visão da Agência 2CNews. Não corrigimos erros ortográficos de colunistas.