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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Política

Democracia ou ficção? A era da 'democracia relativa' de Lula e Dino

Enquanto Alexandre de Moraes se proclama defensor da democracia, críticos apontam que a toga virou símbolo de censura

Claudio Campos
Por Claudio Campos
Democracia ou ficção? A era da 'democracia relativa' de Lula e Dino
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, discursa como se fosse o último guardião da democracia brasileira. No entanto, as críticas não tardam. Alexandre Garcia, jornalista conhecido pela língua afiada, questionou a narrativa, apontando que a "democracia" exaltada por Moraes mais se assemelha a um regime de exceções. Em meio ao debate, a "democracia relativa" defendida por Lula e Flávio Dino entra no centro da polêmica, com seus métodos pouco ortodoxos de enfrentar opositores.

Em um evento recente, Alexandre de Moraes exaltou seu papel no que chamou de "defesa intransigente da democracia brasileira". Para o ministro, sua atuação teria salvado o país de forças antidemocráticas. No entanto, para críticos como o jornalista Alexandre Garcia e outros, a realidade parece um tanto diferente: “Um país que não tem liberdade de expressão não é um país livre, e um país que não é livre não é uma democracia. Infelizmente, precisamos repetir o óbvio!”.

A crítica não foi apenas a Moraes, mas também à chamada "democracia relativa" que ganhou força no discurso político de figuras como Lula e Flávio Dino. Para esses líderes, a democracia parece funcionar com exceções bem convenientes: se você concorda com o governo, está protegido; se discorda, pode ser alvo de investigações, censuras ou, quem sabe, uma visita amigável da Polícia Federal.

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A ideia de democracia relativa, segundo observadores, é uma espécie de invenção tupiniquim para justificar práticas de controle sobre o contraditório. Como apontam especialistas, a democracia, por definição, não admite exceções. “Ela é o que é e pronto!”, exclamam os defensores do sistema puro. Mas, no Brasil, parece que até a democracia precisa de "ajustes".

A "ditadura da toga", como é ironicamente apelidada, tornou-se o novo vilão nas narrativas políticas. Enquanto Moraes se apresenta como defensor da liberdade, o crescente uso de censura judicial e restrições à liberdade de expressão aponta para o oposto. Para críticos, Moraes mais parece um arquiteto de um sistema onde o poder da toga está acima da Constituição.

Enquanto isso, Lula e Dino continuam sua jornada pela democracia "adaptada". Enfrentar o adversário ou o contraditório, ao que parece, é questão de estratégia: acusações, processos e discursos recheados de um moralismo conveniente fazem parte do pacote.

No fim das contas, o que sobra é uma dúvida cruel: estamos vivendo em uma democracia de verdade ou apenas em uma versão brasileira cheia de "relativismos"?

Claudio Campos

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Claudio Campos

Claudio Campos é jornalista com registro MTB/Fenaj 2993-DF desde 12 de fevereiro de 2003. Apartidarismo, imparcialidade crítica e independência jornalística são preceitos básicos que norteiam sua conduta profissional e pessoal

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