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Sexta-feira, 18 de Abril de 2025
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A perda do octa

Perde esse octa tem mais a ver com as falhas do Grêmio do que com méritos do Inter.

Ensaios Literários
Por Ensaios Literários
A perda do octa
Grenal; Wikimedia commons
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Coroando uma reta final de jogos ruins e fracos, já sedimentada pelo desempenho que tivera no primeiro Grenal da final, o Grêmio perdeu seu octa Gauchão. Após sete anos invictos chegou ali e perdeu, tendo ainda amargado a derrota para o rival, Internacional. Por muito tempo, desde sua vitória na Libertadores 2017 vinha conseguindo, ao menos, manter um grande nível em seu campeonato estadual. Tivera muitos altos e baixos neste meio tempo, tendo mesmo amargado a série B em 2022, mas esse ainda era um ponto mais forte do time. Vinha isso de uma maior disposição, time mais organizado e melhor organização com o treinador. Mesmo rebaixado do Brasileirão em 2022, ganhou o Gauchão daquele ano. Havia maior garra e vontade. Renato tendo treinado na maior parte do tempo, com um pequeno lapso entre 2021 e parte de 2022, havia maior conexão entre essas partes.
     No final de 2024 entrou já em desgaste profundo isto, sendo já visível um cansaço de Renato como comandante do Grêmio e também um menor engajamento dos jogadores e torcida para com este comando. O que quase levou há um novo rebaixamento. Mas em sua imortalidade e garra não apenas conseguiu o Imortal se salvar desta como entrar para a Copa Sulamericana de 2025. Ainda assim era visível a necessidade de mudanças, de um novo treinador e esquemas para o Grêmio ter algum fortalecimento. E assim foi feito com a saída de Renato e a vinda de Gustavo Quinteros. 
     A mudança foi feita, mas não melhorou a situação do Tricolor. Muito em função especialmente de Quinteros ter ficado aquém do que precisava, não tendo organizado o time e o vestiário corretamente, transmitindo a energia Grenal tão necessária para ações deste tipo. O treinador, ainda que em começo, não conseguiu entender a força e importância do Grêmio, menos ainda do Grenal. Se teve no início maior força tática, se perdeu rapidamente depois. Tanto no Gauchão quanto na Copa do Brasil. Na Copa ao sofrer para conseguir vencer times pequenos, São Raimundo e Athletic; e no Gauchão por sofridamente passar o Juventude com um gol de bicicleta de Gustavo Martins nos acréscimos e por sofrer uma horrível derrota para o grande rival dentro de caso, no primeiro jogo da final. Jogou depois melhor no segundo jogo, mas já estava traçado, era muito difícil recuperar. 
      Perde esse octa tem mais a ver com as falhas do Grêmio do que com méritos do Inter. Embora Roger Machado, atual treinador deles, tenha tido algumas estratégias e ideias, até por conhecer bem os dois lados do Grenal tenha conseguido achar o caminho, foi muito mais em cima das fraquezas apresentadas pelo Grêmio. Com um visível enfraquecimento da unidade e força de grupo, resultado de um treinamento mal coordenado, vindo desde o ano passado em momentos da gestão Renato, soube Roger disto se aproveitar e vencer em cima. Então, ao estar nesta situação, mostra-se o Grêmio vulnerável, com pouco ataque. Já não é tão dramático quanto jogos da temporada passada, onde muitas vezes ficava apenas acuado em cima de seu gol defendendo. Mas ainda está fraco. Quinteros e a direção talvez aprendam a lição nesta perda do octa e façam novas mudanças. Talvez mostrando ao que veio Gustavo Quinteros vá com novas táticas e forças ao Brasileirão e a Sulamericana. O Grêmio não é assim, mas está assim. E para sair terá de se reorganizar em tática e em dinâmica.  


 

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