Embora passemos por diversas encarnações, sendo os mesmos espíritos somos, em verdade, diferentes pessoas, com distintas identidades em cada uma delas. Aquele que era em uma encarnação nunca mais será. Podemos trazer dele muitas características e disposições espirituais. Muito porque muito do que tínhamos de personalidade e questões do espírito retornam em outras encarnações: se forem negativas por falta de evolução e, se forem positivas, por ser algo já bom. Neste assim ser, embora tragamos no espírito tais características nos tornamos outras pessoas, tendo outras identidades.
Assim sendo, cada uma das encarnações tornam-se importantes em si mesmas, por sermos diferentes nelas. A cada vez nos ressurgimos e passamos a incorporar novas características, no constante processo de evolução espiritual. Que pode ocorrer de maneira mais lenta ou rápida, mas não possui volta. Trata-se sempre de um processo contínuo que não regride. Tal processo é também individual, não sendo algo de raças, etnias, culturas, gênero ou outras formas de organizações e diferenças humanas. Tais fatores podem dificultar o processo espiritual, mas este ocorre por preconceitos, discriminações e sectarismos criados pelos encarnados, pelas arbitrariedades, racismos e machismos presentes.
Neste processo encarnatório, vivemos múltiplas e diversas experiências, que nos moldam e nos criam as relações que passamos a ter com as coisas. E as nossas percepções a respeito da vida e mundo. Fazendo este jogo estamos sempre em processo de aprimoramento e evolução, bem como adquirindo novos e mais fortes conhecimentos. Cada encarnação é em si um longo processo para melhoramento. De si e da encarnação como um todo. Os agentes sociais têm poderes que podem dar algumas diferenças. Menos do que se gostaria, mas ainda assim se pode trazer alterações e mudanças coletivas. Então a vivência encarnatória é esta continuidade, sempre trazendo novos aspectos e novas questões envolvidas. Sempre envolto nos mistérios espirituais.
