Um dos maiores líderes da América Latina, e também um de seus mais desconhecidos. Sendo até hoje o presidente mais querido do México, é pouco conhecido fora do país. Seu valor, feitos e ações políticas, no entanto, não tem valor apenas regional ou limitado às questões mexicanas. Ao invés disto, todos eles são aplicáveis a diversos lugares da América Latina, assim como seu legado presidencial e suas ações.
Foi presidente do país nos anos 1858 a 1872. Neste período, enfrentou diversas crises e problemas, a maior delas sendo a Segunda Intervenção Francesa. Caracterizou-se por uma série de reformas e avanços no país, separando a Igreja do estado, nacionalizando bens do clero e criando estado e educação laicos, também secularizando outros setores da sociedade então muito dominados pela Igreja Católica. Também limitando os poderes dos militares.
Ficou bastante marcado como um defensor de um estado laico, que foram reformas importantes para a construção e avanço do estado mexicano no século XIX. Também muito lembrado por ser o primeiro presidente índio do México e ainda um dos únicos do mundo. O grande evento que enfrentou foi a Segunda Intervenção Francesa no México. Na qual a França invadiu o país, tomando a Cidade do México e instaurando o Segundo Império Mexicano, cujo imperador era Maximiliano de Habsburgo, próximo a Napoleão III e primo de Dom Pedro II do Brasil.
Com a Cidade do México tomada pelos franceses, a população mexicana se dividiu. Os conservadores defendiam a intervenção, querendo que este fosse o governo. Os liberais se opunham, defendendo que o país permanecesse independente. Benito Juarez era liberal, tomando uma série de medidas. Como era o presidente, foi para Guadalajara, onde manteve o governo verdadeiro, a fim de resistir aos franceses ocupando a capital mexicana. Cada lado do conflito teve seu apoio. Os conservadores da França, os liberais dos Estados Unidos. Benito e Maximiliano representavam os governos de seus respectivos lados.
No começo, devido a Guerra Civil Americana, os liberais ficaram em desvantagem, recebendo nenhum apoio oficial americano. Quando esta termina, o apoio fica grande, dando vantagem a eles. Então os liberais mexicanos cercam a Cidade do México, rendendo o governo francês. Com a cidade retomada, ponderam sobre o que fazer com Maximiliano. Benito Juarez fica com a opção de fuzilá-lo, como forma de punição pela Intervenção no país. Recebe cartas de vários lugares sendo contra. Entre elas, de autores como Victor Hugo e políticos como Giuseppe Garibaldi. Juarez de fato o executa, se tornando novamente o presidente oficial do país. Morrerá poucos anos depois.
Benito Juarez foi um grande presidente e fez um modelo de administração e governo que esteve muito voltado para seu país e suas questões. Assim, criou uma maneira e uma postura que estava ligada ali, e que faltou a diversos outros governantes na América Latina. Seu jeito, postura e ações refletem coisas que continuam fazendo sentido e jeito em outros locais além do México. Foi um grande presidente, trazendo importantes movimentos e ações. Sendo mais conhecido, fará com que vejamos melhor como somos e também a nossa política. Um nacionalista que enxergou seu país e o fez crescer.
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