Começou nesta quarta-feira (27), em Brasília, o 6º Fórum Global Fronteiras da Saúde, com foco em temas relacionados à oncologia e aos desafios enfrentados pelos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). Até sexta-feira (29), especialistas, gestores públicos e representantes de entidades discutem soluções para fortalecer a saúde pública no Brasil, especialmente em um cenário de aumento da expectativa de vida.
A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, destacou a ampliação do acesso à imunização como prioridade estratégica. Entre as iniciativas citadas, estão a coleta de citologia mucosa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e campanhas de vacinação contra o HPV, que previnem diversos tipos de câncer, como os de colo do útero e pênis. Em 2024, as vacinas chegaram a locais de grande circulação, como escolas, feiras e shoppings, ampliando o alcance das ações preventivas.
A rede pública do Distrito Federal também alcançou números expressivos em exames preventivos. O Hospital de Base, por exemplo, realizou um recorde de 5 mil mamografias neste ano. Pacientes oncológicos do DF contam com suporte especializado em duas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), localizadas no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Roberto de Almeida Gil, alertou para a gravidade da situação: "O câncer já é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil, exigindo mais debates e soluções concretas."
Além da oncologia, o fórum aborda temas diversos, como prevenção, nutrição, financiamento e ameaças globais à saúde. Para a fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, o evento busca promover um olhar abrangente e multidisciplinar. "A ideia é trazer soluções que integrem diferentes áreas, pensando nos desafios imediatos e futuros do SUS", explicou. A iniciativa reforça a importância do diálogo e da inovação para garantir um futuro mais saudável para a população brasileira.