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Sexta-feira, 18 de Abril de 2025
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Política

Festa gratuita para 1.500 convidados de Cappelli levanta suspeitas de campanha disfarçada

Evento no Clube do Choro em Brasília teria sido disfarçado de aniversário, mas pode configurar abuso de poder econômico

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Festa gratuita para 1.500 convidados de Cappelli levanta suspeitas de campanha disfarçada
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Nesta terça-feira (11), o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, realizou um evento festivo no Clube do Choro, em Brasília, que atraiu cerca de 1.500 pessoas com entrada gratuita, bebidas e atrações musicais. A celebração, batizada de "Sambão do Cappelli", foi divulgada como uma festa de aniversário, mas gerou desconfiança sobre uma possível campanha antecipada camuflada.

A legislação eleitoral no Brasil é clara: a propaganda eleitoral só pode ser feita dentro do período determinado para as eleições, e ações que envolvem distribuição gratuita de bens ou serviços podem configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. No caso do evento promovido por Cappelli, a ausência de informações sobre o financiamento da festa levanta questionamentos sobre a real intenção por trás da comemoração.

O Clube do Choro, tradicional espaço cultural da capital federal, foi o palco escolhido para a festa que reuniu artistas e bandas, garantindo entretenimento de alto nível para os convidados. O detalhe que chamou a atenção foi o acesso livre e os custos bancados por fontes desconhecidas. Embora nenhum material explícito de campanha tenha sido divulgado, o volume de pessoas, a organização e a estrutura levantaram suspeitas entre especialistas e integrantes do meio político.

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Segundo a Lei Eleitoral, qualquer ação que se assemelhe à promoção de um pré-candidato antes do período permitido pode ser considerada propaganda antecipada. Se ficar comprovado o uso de recursos públicos ou privados para beneficiar uma eventual candidatura futura, Cappelli pode enfrentar investigações pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e até pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O episódio reacende o debate sobre os limites entre eventos pessoais e atos políticos em períodos pré-eleitorais. A prática de usar festas, celebrações e eventos culturais como palanque informal não é novidade no Brasil, mas continua sob o crivo da Justiça Eleitoral. Para muitos, o "Sambão do Cappelli" pode ter sido mais do que uma simples comemoração: um movimento estratégico para consolidar um nome antes da largada oficial das eleições.

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