O Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu uma célula presencial de inteligência em Brasília. A medida tem como objetivo aprimorar a segurança, aumentando a vigilância e a coordenação entre as forças de segurança, para evitar situações críticas na capital da República. A estrutura funciona no prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) desde dezembro de 2024, com foco em ações preventivas que incluem incluindo o monitoramento de redes sociais e a identificação de movimentações suspeitas que possam indicar atividades de caráter terrorista.
“O objetivo dessa célula é monitorar e planejar ações de segurança para impedir que incidentes perturbem a ordem e a paz social em nossa cidade. É um importante reforço no esquema de segurança e das instituições sediadas na capital da República, com ainda maior preparo na prevenção de ocorrências”, declarou a vice-governadora do DF, Celina Leão.
A ação está vinculada à Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev), criada após um homem tentar um ataque a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro do último ano. A criação da célula presencial de inteligência envolve a colaboração de diversos órgãos, como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e as polícias do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados, Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF). Inicialmente, a estrutura ficará ativa até o dia 12 deste mês, mas há intenção de torná-la permanente.
O secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury, destacou que a criação de uma célula de inteligência presencial ativa por um período prolongado é uma inovação da pasta. O principal objetivo é agilizar investigações e a troca de informações. Ele lembrou que o trabalho de vigilância já é realizado remotamente e que uma célula física costuma ser instaurada apenas em ocasiões específicas, como no dia anterior a eventos do porte do 7 de Setembro, permanecendo ativa por no máximo 48 horas.
“Com as situações inesperadas que aconteceram recentemente [em 2024], como a virada do dia 31 e o 8 de Janeiro em sequência, a decisão da Secretaria de Segurança Pública, compartilhada pelo governo, foi mantê-la ativa de forma inédita”, comentou o gestor. “E os resultados têm sido muito positivos. Já estamos discutindo com os órgãos a possibilidade de manter essa estrutura de forma permanente, ainda que parcial, porque a troca de informações é muito mais rápida. Aquilo que normalmente leva minutos, quando estamos todos reunidos fisicamente, leva segundos para ser definido, já que todos têm acesso imediato aos sistemas de seus respectivos órgãos. A presença física realmente traz resultados”.