O Banco de Brasília (BRB) surpreendeu o mercado financeiro ao anunciar, ao cair da noite da última sexta-feira de março, a aquisição de uma fatia relevante do Banco Master. A movimentação bilionária é mais do que uma simples compra: trata-se de uma cartada de mestre articulada pelo presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, em sintonia com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que enxergam ali uma oportunidade de ouro para catapultar o banco brasiliense a uma nova era de expansão e protagonismo nacional.
A operação — ainda sujeita ao crivo do Banco Central — prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias do Banco Master, com direito a voto, além de 100% das ações preferenciais. Com isso, o BRB passará a ter voz ativa e lugar cativo no bloco de controle da instituição adquirida, influenciando decisões estratégicas como fusões, aquisições, nomeações de executivos e rumos de negócios. Em valores, o negócio gira em torno dos R$ 2 bilhões.
A primeira reunião formal com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, aconteceu nesta segunda-feira (31), em Brasília, e foi classificada como “muito positiva” pelo presidente do BRB. Paulo Henrique Costa, o competente e visionário comandante da instituição, não esconde o entusiasmo com o avanço das tratativas. E tem bons motivos para isso.
Desde que assumiu o comando do BRB, Costa promoveu uma virada histórica. O banco, que antes figurava entre os esquecidos das grandes operações financeiras, saiu do negativo para se posicionar hoje entre os que mais crescem no país. Modernizou processos, atraiu novos clientes, expandiu a atuação e, agora, mira um salto ainda mais ousado: fincar bandeira nacional com peso e presença.
Do outro lado da negociação está o Banco Master, conhecido por sua atuação agressiva na captação de recursos, oferecendo CDBs com rentabilidade de 140% do CDI — um chamariz e tanto para investidores — e com cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O crescimento acelerado do Master chamou atenção e, com a chegada do BRB ao controle, o cenário promete ser de ainda mais expansão.
A movimentação reforça a estratégia do Governo do Distrito Federal, controlador do BRB, de fortalecer a atuação do banco como uma instituição financeira sólida, moderna e com presença nacional. O governador Ibaneis Rocha tem dado total apoio à estratégia e aposta no fortalecimento do banco como um ativo de grande relevância para o DF e para o Brasil.
O BRB vai muito além do quadradinho do Planalto Central. A cartada de mestre foi dada, agora o tabuleiro está posto. E ao que tudo indica, o BRB caminha firme para deixar de ser apenas um banco regional para se firmar como um dos grandes bancos do Brasil.