A partir de 11 de dezembro, o sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal (DF) será totalmente digital. Todas as 931 linhas urbanas deixarão de aceitar pagamento em dinheiro, passando a utilizar exclusivamente meios eletrônicos, como cartões de transporte, cartões bancários com tecnologia de aproximação, smartphones, pulseiras eletrônicas e bilhetes avulsos com QR Code. A medida é o ponto final de um processo iniciado em julho deste ano, quando apenas 52 linhas adotaram o pagamento digital.
De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, a implementação gradual permitiu a adaptação dos usuários. "Iniciamos com poucas linhas para testar o sistema e facilitar a transição. Após cinco fases de ampliação, alcançamos um cenário em que apenas 7,4% dos pagamentos eram feitos em dinheiro. Hoje, acreditamos que os passageiros estejam preparados para a mudança", destacou. A adoção total promete maior agilidade no embarque, segurança contra furtos e roubos, e incentivo ao uso de tecnologias de pagamento.
O sistema registra predominância do cartão Mobilidade, utilizado em 49,2% dos acessos, seguido pelo Vale-transporte, com 32,3%. Cartões bancários representam 11% dos pagamentos, enquanto bilhetes avulsos são usados em 0,03% dos casos. Quem optar pelo bilhete unitário deve adquiri-lo previamente nos 148 pontos de venda credenciados pelo Banco de Brasília (BRB), sem a possibilidade de integração com outras linhas ou o metrô. Além disso, a recarga do cartão Mobilidade pode ser feita por Pix no aplicativo BRB Mobilidade ou com dinheiro nos terminais rodoviários.
O novo sistema preserva benefícios como a integração tarifária, que permite até três embarques em três horas pagando o valor máximo de R$ 5,50, além de manter cartões de gratuidade para estudantes, pessoas com deficiência e idosos. Segundo a Secretaria de Mobilidade, a modernização busca não apenas melhorar a experiência dos passageiros, mas também reduzir custos operacionais e aprimorar o controle de dados do transporte público, preparando o DF para um futuro mais tecnológico e eficiente.