O impasse sobre a concessão da gestão da Rodoviária do Plano Piloto à iniciativa privada está próximo de ser resolvido. O Consórcio Rodoplano, que havia questionado o processo licitatório no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desistiu da ação judicial, liberando o caminho para que o consórcio vencedor, Catedral, assuma o controle do terminal.
A rodoviária, que movimenta mais de 500 mil pessoas diariamente, sempre foi um desafio para o Governo do Distrito Federal (GDF) e um ponto de insatisfação para a população. Problemas como falta de manutenção, segurança precária e má gestão dos serviços são recorrentes no local, considerado um dos principais centros de transporte público do Distrito Federal.
Com a homologação da desistência da ação pelo TJDFT, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) planeja retomar, nos próximos dias, o processo de transição para a gestão privada. Segundo o secretário Zeno Gonçalves, o consórcio Catedral, que já assinou contrato, será convocado para assumir definitivamente a operação.
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“A partir da ordem de serviço, eles vão gerenciar contratos de manutenção, limpeza, segurança patrimonial e toda a logística de embarque e desembarque. É uma demanda antiga da população, e, por determinação do governador Ibaneis Rocha, queremos dar agilidade ao processo para que os serviços sejam melhorados o quanto antes”, afirmou Gonçalves.
O comitê de transição, formado por representantes do GDF e do consórcio Catedral, será responsável por organizar a transferência da gestão e assegurar que o novo modelo atenda às expectativas de melhorias. Há uma grande expectativa de que a gestão privada traga avanços na qualidade dos serviços prestados, tanto para os usuários quanto para os permissionários que trabalham no local.
Apesar do otimismo, moradores e especialistas alertam que o sucesso da concessão dependerá de um acompanhamento rigoroso por parte do GDF para garantir que as promessas de melhorias não fiquem apenas no papel. Afinal, transformar a Rodoviária do Plano Piloto em um ambiente seguro e funcional é mais do que uma questão de mobilidade – é um compromisso com o direito à cidade.