Ricardo Cappelli, um nome que mal ecoa pelos corredores do DF, resolveu acordar um belo dia, olhar no espelho e se autoproclamar candidato ao governo do Distrito Federal. Sim, ele mesmo, um completo desconhecido da população brasiliense, agora sonha em comandar uma cidade que ele sequer conhece — e ainda acha que vai conquistar os votos morando, por conveniência, no Sol Nascente/Pôr do Sol, comunidade que ele rotula com um desconhecimento quase poético como “a pior favela do Brasil”. Convenhamos, é preciso muita audácia (ou desinformação) para tamanho disparate.
Se a ousadia fosse critério para governar, talvez Cappelli já estivesse eleito. Mas não basta bancar o forasteiro corajoso com discurso ensaiado e pose de herói de novela das sete. O Distrito Federal tem memória, história e, principalmente, uma população que não é boba.
Na ânsia de parecer “popular”, o moço decidiu anunciar que vai morar no Sol Nascente/Pôr do Sol, talvez acreditando que isso lhe traga alguma credencial política. Só esqueceu de estudar antes de abrir a boca. Ao rotular a comunidade como “a pior favela do Brasil”, expôs não só sua ignorância, mas também desrespeitou a trajetória de luta e progresso dos moradores. Aliás, quando seu aliado político Rodrigo Rollemberg — esse sim lembrado como um dos piores governadores da história do DF — esteve no poder, apenas 30,4% dos moradores tinham acesso a fossa séptica. Isso, segundo a própria PDAD de 2018.
Desde 2019, o cenário mudou. Foram investidos R$ 67,6 milhões em saneamento, levando rede de esgoto para mais de 90 mil dos 93 mil habitantes da região. Mas isso Cappelli, o turista político, convenientemente ignora. Afinal, reconhecer avanços atrapalha o discurso de salvador da pátria.
Enquanto Cappelli sonha alto (e sem base), a população brasiliense observa quem realmente trabalha. Celina Leão, atual vice-governadora, tem se destacado por sua competência, coragem e diálogo direto com a sociedade. Com respaldo popular e o apoio firme de Ibaneis Rocha, Celina Leão é a candidata de Ibaneis Rocha e do povo brasiliense, despontando como favorita absoluta ao Palácio do Buriti.
E Cappelli? Bom... Cappelli sem chances. Um ilustre estranho que tenta se apresentar como novidade, mas parece mais um episódio repetido de um seriado que ninguém mais quer ver. Apostar nele é como pedir um Uber com destino desconhecido e torcer para não parar num beco sem saída.
A verdade é que o brasiliense sabe muito bem separar discurso de ação, e não é com moradia simbólica nem com slogans vazios que se conquista um eleitorado maduro. O povo quer presença, trabalho e resultado — tudo que Celina tem de sobra e Cappelli sequer sabe por onde começar.