O Brasil viveu mais um capítulo digno de roteiro tragicômico: um simples meme foi apontado como culpado pela disparada do dólar, enquanto o governo demonstra, mais uma vez, sua fraqueza em gerir a economia. Se até as piadas afetam a moeda, o que esperar de ministros fracos e de uma gestão que parece flutuar ao sabor do vento?
Um país onde um meme – isso mesmo, uma simples piada na internet – é suficiente para desestabilizar a moeda nacional precisa urgentemente repensar seus gestores. Na última semana, enquanto o dólar subia mais rápido do que a taxa de juros, o governo se apressava em culpar os suspeitos de sempre: os "especuladores" da Faria Lima. O Partido dos Trabalhadores até cogitou processar investidores por disseminação de informações "que prejudicam a economia".
Mas, cá entre nós, será que os memes e os engravatados paulistas são mesmo o problema? Ou a crise tem raízes mais profundas – digamos, na total incapacidade do governo em articular uma política econômica sólida e coerente? Para muitos especialistas, a resposta é clara. Faltam ministros fortes e uma liderança que transmita confiança, dentro e fora do país.
Enquanto isso, a GloboNews, que já prometeu um dólar em queda e um mar de tranquilidade econômica, não tem muito o que dizer aos milhares de brasileiros que, confiando nessa narrativa otimista, acabaram com prejuízos significativos. O saldo dessa combinação explosiva? Um mercado desconfiado, uma população que paga a conta e um governo que insiste em culpar todo mundo – menos a si mesmo.
Por mais irônico que pareça, a crise financeira brasileira escancarou uma realidade constrangedora: memes e análises tendenciosas parecem ter mais influência na economia do que o próprio governo. E, enquanto isso, o cidadão segue tentando entender por que precisa pagar tão caro pelo dólar – e pela incompetência.