O ex-secretário de Projetos Especiais do GDF, Everardo Gueiros, criticou uma declaração do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, em entrevista ao programa CB.Poder. Segundo o responsável pela instituição, a expansão do metrô de Samambaia seria fruto da boa vontade do presidente Lula para com a população de Brasília, uma prova de afeto pela cidade.
A declaração tratava dos R$ 400 milhões contratados por meio de empréstimo firmado entre o GDF e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no fim de 2024. Contudo, o ex-secretário destaca que o projeto é antigo e que, ainda em 2019, quando era o titular da pasta, foram tomadas as medidas necessárias para a expansão do metropolitano para Samambaia e Ceilândia.
“Não foi um benefício do presidente concedido ao povo do DF. Esse empréstimo é o resultado de um trabalho intenso pela ampliação do metrô. O fato de o financiamento ter sido aprovado agora não torna o chefe do poder Executivo nacional um benfeitor. Foi na gestão de Lula, mas poderia ter sido assinado na gestão de qualquer um que tivesse ganhado as eleições em 2022”, ressaltou.
Segundo Everardo, a expansão do metrô é um trabalho “transversal, que envolve diversos setores da administração pública distrital”. O recurso será aplicado na construção de duas novas estações em Samambaia. Outros R$ 122 milhões serão aportados em eixos rodoviários, a fim de desafogar o trânsito da capital .
“O povo do DF merece respeito e, há muitos anos, sonha com a ampliação do metrô nas duas cidades. Só em Samambaia, cerca de 10 mil pessoas serão atendidas pelas novas estações diariamente, assim que as mesmas forem entregues”, completou