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Sabado, 20 de Dezembro de 2025
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GDF lança banco de alimentos e amplia combate à fome na capital

Programa Todos Contra a Fome marca uma nova fase da política de segurança alimentar, com compra direta da agricultura familiar e meta de atender mais de 400 entidades cadastradas

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Por Jornal 2CNews
GDF lança banco de alimentos e amplia combate à fome na capital
Renato Alves/Agência Brasília
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Para muitas famílias em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal, o acesso regular e direto a alimentos frescos e nutritivos está mais perto de se tornar realidade graças ao programa Todos Contra a Fome, lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta segunda-feira (17), na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Com o novo banco de alimentos, a instituição prevê investir, inicialmente, R$ 50 mil na compra de produtos de aproximadamente 600 agricultores familiares cadastrados.

“Quando a deputada Jaqueline Silva nos levou esse projeto, eu, na mesma hora, abracei a causa porque isso é importantíssimo. Além do que a gente fornece de assistência social, com os cartões e benefícios e o apoio aos pequenos agricultores, esse complemento que vem do banco de alimentos é muito importante porque ele fornece o que a gente chama de cesta verde, que alimenta e complementa nutricionalmente as nossas famílias”, defendeu Ibaneis Rocha.

A iniciativa inaugura uma nova fase da política de segurança alimentar na capital federal. Com o novo modelo, será possível ampliar a distribuição de alimentos, fortalecer a agricultura familiar e melhorar a logística de arrecadação e entrega às entidades socioassistenciais. Hoje, o banco de alimentos tem mais de 400 instituições cadastradas, mas, por limitações estruturais, atende somente 150. A meta agora é alcançar todas.

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Presente na solenidade, a vice-governadora Celina Leão destacou que essa ação faz parte da política pública adotada para atender famílias em situação de vulnerabilidade: “Criamos um governo que trabalha com um ecossistema social que parte do campo para as pessoas que mais precisam da agricultura familiar. Essa é uma gestão eficiente e sensível para quem realmente precisa do nosso apoio. Nessa cidade, ninguém pode passar fome. E estamos trabalhando para isso. A criação do novo banco de alimentos, dentro do Todos Contra a Fome, é um marco para a nossa política de segurança alimentar. É o governo garantindo a compra da agricultura familiar e expandindo, de forma estratégica, nossa capacidade de levar dignidade e alimento a um número muito maior de famílias e entidades no Distrito Federal, cuidando de quem mais precisa”.

O novo banco de alimentos será operado por uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), responsável por gerenciar cadastros, editar chamadas de compra e organizar a logística dos alimentos. Agora, pequenos produtores poderão vender parte da produção ao governo e continuar doando outra parcela. “Só mediante doação não estava sendo o suficiente. Esse programa é inédito no Brasil. Somos a primeira Ceasa a ter uma Oscip com esse objetivo”, disse o diretor-presidente da Ceasa-DF, Bruno Sena Rodrigues.

A estimativa inicial é de que cerca de 25 produtores participem das primeiras entregas, com compras feitas a cada dois meses. “A Ceasa vai começar investindo R$ 50 mil por mês na compra da produção da agricultura familiar. Temos nutricionistas que vão apontar a sazonalidade dos produtos e vão lançar a dieta de dois em dois meses. A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal”, acrescentou Bruno Sena.

No campo, pequenos produtores vislumbram uma fonte de renda contínua e a segurança de ver sua produção chegar a quem mais precisa, como é o caso da agricultora familiar Cleunice Bezerra de Magalhães, de 70 anos. Com uma propriedade em Sobradinho, onde cultiva maracujá, baunilha e pepino, ela conta que o novo modelo de compra direta dá estabilidade e reconhecimento ao trabalho que exerce.

“Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres”, disse. Cleunice afirma estar vivendo um período especial: “A gente tá sendo muito reconhecido nesses últimos tempos. Isso está nos dando força, principalmente para nós mulheres com mais idade.”

Para ela, o programa não é apenas uma política pública. “Acabar com a fome é um desafio. A gente tem que trabalhar mesmo, temos de fazer alguma coisa. Eu me sinto gratificada de saber que estamos colaborando com a sociedade”, completou.

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