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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Política

PF investiga "QG do golpe" e uso de fundos públicos em trama antidemocrática

Ministério Público apura ligação de recursos do Fundo Eleitoral e Partidário com atos para impedir posse de Lula

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Por Jornal 2CNews
PF investiga
Marcos Corrêa/PR
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A mansão alugada pelo Partido Liberal (PL) no Lago Sul, em Brasília, durante as eleições de 2022, virou alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) que aponta a casa como base de uma suposta conspiração antidemocrática. Apelidada de "QG do golpe", a residência sediou atividades coordenadas pelo general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, e outros 36 indiciados. No local, a PF encontrou documentos que sugerem vínculos do militar com os atos golpistas que resultaram nas invasões de 8 de janeiro de 2023.

A investigação agora se aprofunda para determinar se os fundos Eleitoral e Partidário foram usados para financiar uma estrutura paramilitar destinada a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Especialistas apontam que, caso essas acusações sejam confirmadas, o PL pode enfrentar severas sanções, incluindo a cassação de seu registro junto à Justiça Eleitoral. A advogada Gabriela Rollemberg, especialista em direito eleitoral, reforça que a Constituição é categórica ao proibir que partidos atuem fora dos limites democráticos, especialmente com recursos públicos.

Embora o tema seja inédito no cenário democrático brasileiro, juristas destacam que a legislação vigente não deixa margem para interpretações dúbias. "Não podemos ter partidos que funcionem como organizações paramilitares ou atentem contra o Estado Democrático de Direito", afirma Gabriela, citando ainda a Lei do Estado Democrático de Direito e o Código Eleitoral como sustentação jurídica para uma possível cassação do partido.

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O caso expõe um novo capítulo de tensão política no Brasil, suscitando debates no meio jurídico e político sobre os limites da atuação partidária. Enquanto as investigações avançam, o cenário reforça a necessidade de mecanismos eficazes para proteger os princípios democráticos e evitar o uso de recursos públicos para práticas que violam a Constituição e a dignidade humana.

FONTE/CRÉDITOS: Agência 2CNews

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