A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou nesta terça-feira (19) a Pesquisa CNT Rodovias 2024, apontando que 26,6% das rodovias pavimentadas do Brasil estão em condições ruins (20,8%) ou péssimas (5,8%). O índice reflete uma leve piora em relação ao ano anterior, quando o percentual registrado foi de 26,1%. O estudo avaliou 111.853 quilômetros de rodovias, abrangendo 52,4% da malha pavimentada nacional, e identificou falhas significativas nos parâmetros de pavimento, sinalização e geometria das vias.
Entre os critérios analisados, o pavimento obteve a melhor avaliação, com 31,2% das rodovias classificadas como ótimas. Por outro lado, a geometria foi apontada como o maior problema: cerca de 40% das rodovias analisadas apresentaram qualidade ruim ou péssima nesse aspecto. Segundo a CNT, a geometria das vias influencia diretamente a segurança dos motoristas, impactando ultrapassagens, visibilidade e velocidade máxima permitida. Um dado alarmante mostra que 46% das rodovias não possuem acostamento, enquanto 26,4% apresentam curvas perigosas ao longo do trajeto.
Outro problema grave identificado foi a ausência de sinalização adequada. A pesquisa apontou que 48,7% das faixas centrais estão desgastadas, e 7,4% já estão praticamente inexistentes. Além disso, placas de advertência estão ausentes em locais onde sua instalação é considerada essencial para a segurança viária. Entre os pontos críticos mais recorrentes, foram relatados 1.748 buracos grandes, 356 casos de erosão na pista e 202 ocorrências de queda de barreira.
Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade urgente de investimentos na infraestrutura rodoviária do país. A CNT destacou que rodovias com pavimento e sinalização adequados, aliadas a uma boa geometria, podem reduzir significativamente o risco de acidentes e otimizar o transporte de mercadorias e passageiros. O relatório serve como alerta para gestores públicos e privados sobre a importância de priorizar melhorias na malha rodoviária brasileira, fundamental para o desenvolvimento econômico e social.