O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, consolidando-se como o quarto maior avanço entre os países do G20 que já divulgaram seus resultados no período. À frente do Brasil, estão Indonésia (1,5%), Índia (1,3%) e México (1,1%). Na comparação interanual, que mede o desempenho em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o país também ocupa a quarta posição, com um crescimento de 4%, ficando atrás de Índia (5,4%), Indonésia (5%) e China (4,6%).
Os dados, apresentados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o PIB brasileiro totalizou R$ 3 trilhões no período, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414 bilhões provenientes de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Apesar do avanço, houve uma desaceleração em relação ao segundo trimestre, quando o PIB registrou alta de 1,4%. No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento foi de 3,3%, reforçando o bom desempenho econômico de 2024.
Os setores de serviços e indústria foram os principais responsáveis pelo crescimento trimestral, com altas de 0,9% e 0,6%, respectivamente. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 0,9%, indicando desafios para o setor no período. O desempenho dos serviços reflete o aumento da demanda interna, enquanto a indústria se beneficiou da recuperação em segmentos como construção e transformação.
Em um cenário global, o Brasil manteve uma posição de destaque entre os países do G20, tanto no crescimento trimestral quanto na variação acumulada de quatro trimestres, onde ficou em sexto lugar, com alta de 3,1%. A Índia lidera este ranking com 7,1%, seguida por Indonésia, China, Rússia e Turquia. A recuperação econômica brasileira é vista como um reflexo de políticas de estímulo e da resiliência de setores estratégicos.
Especialistas apontam, no entanto, que o país precisa continuar focando em políticas que incentivem a produtividade e a sustentabilidade do crescimento. Apesar de um cenário macroeconômico positivo, desafios como a desaceleração no setor agropecuário e incertezas no mercado global demandam atenção para garantir que o ritmo de crescimento se mantenha nos próximos trimestres.