O Itamaraty anunciou a evacuação da embaixada brasileira em Damasco, capital da Síria, em meio à instabilidade que se seguiu à deposição do ditador Bashar al-Assad. A operação de retirada dos diplomatas já está em andamento e deve ser concluída nas próximas horas. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores destacou a preocupação com o agravamento dos conflitos no país e reiterou a recomendação para que cidadãos brasileiros também deixem a região.
A representação brasileira na Síria, chefiada pelo embaixador André dos Santos desde 2022, está sendo desmobilizada de forma temporária. Santos, que assumiu o cargo durante o governo Bolsonaro e foi mantido pela gestão Lula, coordenou os esforços para a retirada segura da equipe diplomática. A decisão reflete o cenário de instabilidade política e segurança precária após o fim do regime de Assad, que fugiu para a Rússia com sua família após 24 anos no poder.
No último fim de semana, o Itamaraty emitiu uma nota oficial expressando preocupação com a escalada de violência na Síria e reforçando o compromisso do Brasil em proteger seus cidadãos. Além disso, o governo brasileiro sinalizou apoio aos esforços internacionais para garantir a transição democrática no país, destacando a importância de um diálogo pacífico entre as forças rebeldes e a comunidade internacional.
A evacuação da embaixada é mais um reflexo do impacto global da crise síria, que há mais de uma década figura como um dos maiores desafios geopolíticos. Enquanto a deposição de Assad é vista como um marco histórico, as incertezas sobre o futuro político e social da Síria exigem ações rápidas e coordenadas para minimizar riscos e proteger vidas. O Brasil segue monitorando a situação e deve reavaliar a retomada das atividades diplomáticas conforme o cenário evolua.