O Brasil assume, pela primeira vez, a presidência rotativa do G-20 de 2023 a 2024, um momento histórico para o país, que sediará a Cúpula do G-20 nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. O evento contará com a presença de líderes das maiores economias do mundo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping. Durante dois dias de intensos debates, os principais temas da agenda global, como a inclusão social, a reforma da governança global e a transição energética, serão discutidos, com o Brasil liderando as negociações.
O G-20 reúne 19 países e a União Europeia, além de ter, desde este ano, a União Africana como membro permanente. Juntos, esses países representam aproximadamente 85% do PIB global, dois terços da população mundial e 75% do comércio internacional. O grupo, formado por potências econômicas de diferentes continentes, tem sido essencial na definição de políticas para a resolução de crises globais e para o enfrentamento de desafios econômicos, sociais e ambientais. A escolha do Rio de Janeiro como sede deste encontro marca um momento de grande visibilidade para o Brasil no cenário internacional.
Um dos maiores destaques da Cúpula de 2024 será o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa brasileira que visa combater a fome e reduzir a pobreza extrema até 2030. O projeto tem como objetivo mobilizar países e organizações internacionais para a implementação de ações concretas na luta contra a insegurança alimentar, um problema que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. O Brasil espera que essa aliança se torne um marco importante do encontro e um ponto de partida para iniciativas de maior alcance global.
Além do combate à fome, outro tema central da Cúpula será a transição energética. Com o mundo cada vez mais voltado para a necessidade de soluções sustentáveis para enfrentar as mudanças climáticas, o G-20 deverá discutir estratégias para financiar uma transição energética justa e eficiente, especialmente para países em desenvolvimento. O Brasil, com sua matriz energética diversificada, desempenha um papel crucial nesse debate, propondo alternativas que possam ser aplicadas globalmente, visando reduzir a emissão de gases de efeito estufa e promover o uso de fontes renováveis.
A Cúpula do G-20 também abordará a modernização de instituições financeiras internacionais, como a ONU, o FMI e o Banco Mundial, com o objetivo de torná-las mais representativas e eficazes no enfrentamento das crises contemporâneas. Ao final da reunião, o Brasil passará a presidência do G-20 para a África do Sul, que sediará o evento em 2025. Este processo de "troika", que envolve os países anfitriões do ano anterior, atual e seguinte, garante uma continuidade nas discussões e reforça a colaboração internacional em prol de soluções globais para os problemas mais urgentes da humanidade.